“O melhor remédio é o tempo.”
“O tempo cura todas as feridas.”
Quantas vezes já ouvimos da boca de alguém estas frases e quantos de nós não temos elas guardadas em nossa mente e coração? A dor do coração é calada pela voz da mente dizendo:”espere, que o tempo fará esta dor diminuir…”
Será mesmo verdade?
Será mesmo que o tempo pode levar lembranças do nosso coração? Será mesmo que a lembrança do término de um relacionamento não causará mais dor ainda à medida que os segundos correm no relógio? Será mesmo que a dor da perda pode ser sutilmente anestesiada com inúmeros 365 dias?
Mas, então, o que faremos com cada dia que é recheado de incertezas e inseguranças? Elas serão amenizadas com o passar do tempo ou, na verdade, não acabarão se tornando uma grande avalanche emocional? Uma ferida mal tratada não tende a doer cada dia mais, já que a infecção começa a se espalhar?
Talvez, o tempo seja a melhor desculpa para aqueles que anseiam fugir de suas dores. Talvez, a justificativa do tempo seja uma forma de encobrir mágoas enterradas no coração, desilusões escondidas no fundo do armário…
O tempo pode ser um aliado, mas somente para aqueles que têm cutucado a ferida do coração, tirado os estilhaços do passado, limpado as marcas de frases ditas friamente; o tempo só ajuda aquele que está enfrentando a dor da cura.
Afinal, a cura só vêm por mexer no local da dor e, verdadeiramente, limpá-lo!
O primeiro passo é o perdão. É ele que coloca as coisas nos seus devidos lugares. É ele que limpa a ferida em sua profundidade; é ele que arranca o mal desde a sua profunda raiz; é ele que reconecta pessoas; é ele que torna o passado leve e nos faz livre. Já o tempo, será apenas um aliado para aperfeiçoar o perdão. O tempo é apenas a prova de que realmente se está curado.
“O melhor remédio é o perdão.”
“O perdão cura todas as feridas.”
Portanto, não se engane…