A nossa vida é muito mais valiosa do que uma simples ordem numérica que identifica nossas fichas de internação; ou da senha de espera para fazermos um pagamento no banco; ou na fila do supermercado onde nos dirigimos ao caixa para pagar as compras.

Muitos podem achar que numa internação somos apenas conhecidos pelo número do leito no qual estamos registrados. Porém, presenciei nas internações de minha filha, nas quais eu era acompanhante, que não era bem assim. Vi o cuidado que os profissionais, do setor que ela ficava, tinham para fazer com que cada dia fosse mais confiante e alegre possível.

Sempre acompanhei tudo no mais profundo silêncio, pois nessas horas eu não podia atrapalhar fazendo perguntas, questionando a cada procedimento médico. Era confiar ou confiar.

Nos momentos de tempestade, procurei me espelhar em uma passagem da Bíblia que diz:

“E Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: Mestre, não te importa que morramos? Ele [Jesus] se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Aquiete-se! Acalme-se!’ O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. “ [Marcos 4.38]

Mesmo nos maiores momentos de tensão, acreditei que no final tudo sairia conforme os desígnios de Deus. Ele nos sustenta a todo instante e nos dá força quando tudo parece não ter mais sentido.

Nós fomos criados por Deus e Ele conhece cada um de nós pelo nosso nome.

Agradeço a Deus por cada profissional que passou na vida da minha filha, com suas habilidades eram sempre atenciosos, prontos a todo momento, precisos e rápidos diante das situações mais urgentes. E isso inclui os médicos, os enfermeiros e as amizades tão solidárias das funcionárias da limpeza do hospital.

Deus os abençoe.